Mil Novecentos e... Kafunga!
Em 7 de agosto de 1914, nascia Olavo Leite Bastos, o Kafunga, goleiro atleticano que virou sinônimo de um tempo remoto, distante, mas que perpetua-se na atualidade. Conheça sua história, desde os tempos de mil novecentos e Kafunga
Contexto
Olavo Leite Bastos nasceu em Niterói, então capital do Estado do Rio de Janeiro, em 7 de agosto de 1914. Jogando por clubes local, como o Fluminense de Niterói, chegou à Seleção Fluminense em 1934, onde logo despertou atenção dos grandes clubes, inclusive do Atlético. Chegou ao Galo em 1935, onde por alguns jogos foi reserva de Clóvis. Com boas atuações, logo desbancou a titularidade absoluta na defesa da meta. Pegava também o apelido, dado pela avó devido suas grandes narinas avantajadas: Kafunga. Logo no ano seguinte conquistava seu primeiro título com a camisa atleticana, e de forma invicta: o Campeonato Mineiro de 1936, que levou o Galo à disputa do Campeonato dos Campeões de 1937, sagrando-se o primeiro goleiro campeão brasileiro. No Galo, se tornou figura absoluta e insubstituível. Foram 20 anos na meta atleticana, entre 1935 e 1955, conquistando, além do Brasileiro de 1937, 10 campeonatos mineiros e o título simbólico de "Campeão do Gelo" em 1950, na Europa. De todos os mineiros vencidos (1936, 38, 39, 41, 42, 46, 47, 49, 50, 52 e 53), foi destaque na conquista de 1946, que além de isolar o Galo desde então como maior campeão em Minas, Kafunga foi eleito o "crack" do certame pelo 'Diario Esportivo'. Depois de sua aposentadoria, em 1955, Kafunga continuou servindo só Atlético, em vários trabalhos, como um grande "quebra-galhos". Fez de tudo um pouco, e até chegou a ser técnico, por breve período. Em tantos anos de Atlético, seja na meta, em campo, servindo ao clube ou como comentarista esportivo, os anos se passaram para um goleiro que ficou no tempo, e se tornou sinônimo de um tempo: os anos de "mil novecentos e Kafunga..." virou expressão para todo mineiro. Olavo faleceu em 1991, aos 77 anos. Mas o Kafunga se tornou imortal, nunca sequer se aposentou. Porque assim como os anos de mil novecentos e Kafunga, a história do Atlético não para, está sempre ali para ser vista e revista, contada e recontada. Sem "coré-coré"!
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